obrigado.




O tempo passava, uma parte (de mim) apodrecia e acabava (sempre) por cair. A dor invadiu a minha privacidade, perseguia-me por todo o lado, não tinha paz! Eu questionava-me! O que te fiz? Nunca te chamei! Ela era persistente e mais forte que eu própria. Pontual e assídua. Estava lá todas as manhãs, á espera de ouvir o ranger da porta, o bater da sola dos ténis, para me atormentar mais um dia. Hoje trouxe um amigo, apresentou-mo! Não quero, nunca gostei de fazer amigos! Pronto, conseguiste o medo aproximou-se. Estavam acabar comigo, destruindo me aos poucos! Estão acabar comigo…

Como ultimo socorro, saí de casa sem nunca olhar para trás, subi os cento e muitos degraus e bem lá em cima, a tremer com o monstruoso vento, pensei (…) que desistir de mim e dar-lhes uma vitória, era a maior loucura que podia cometer!

Na manhã seguinte, aproximei-me vagarosamente da porta e saí, talvez por cansaço ou então mesmo pelo confronto ou provavelmente foram agarrados pelo vento quando eu lhes virei as costas (nunca soube, mas também não é que eu queira saber) não estava lá ninguém. Foi então um novo dia, tudo mudou! E tu apareceste. Agora quero acordar o mundo, sussurrar-lhe ao ouvido para lhe dizer que estou feliz.

rita-vieira

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